Dexmedetomidina epidural em gatas submetidas à ovariosalpingohisterectomia sob anestesia total intravenosa com propofol e pré-medicadas com cetamina S(+) e midazolam

摘要

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administra??o epidural de dexmedetomidina em gatas submetidas à ovariosalpingohisterectomia (OSH), sob infus?o contínua de propofol. Para tanto, foram utilizadas 12 gatas adultas, hígidas, com peso médio de 3,3±0,4kg, e entre um e quatro anos de idade. Como medica??o pré-anestésica, os animais receberam cetamina S(+) (5mg kg-1) e midazolam(0,5mg kg-1), pela via intramuscular, e propofol como agente indutor (4mg kg-1), pela via intravenosa. Em seguida, os animais foram intubados para receber oxigênio a 100% , por meio de sistema sem reinala??o de gases, e a infus?o contínua de propofol (0,3mg kg-1 min-1) foi iniciada. Os animais foram alocados em dois grupos, nos quais foram administrados dexmedetomidina (2μg kg-1) por via epidural (GDEX, n=06) e, no grupo controle (GSAL, n=06), solu??o salina 0,9% pela mesma via. O volume total da solu??o para administra??o epidural foi completado com solu??o salina e ajustado para 0,26ml kg-1 em ambos os grupos. No GSAL, houve necessidade de administra??o de fentanil imediatamente após o início da cirurgia (T10) em 33,33% dos pacientes. Durante a infus?o contínua de propofol, o reflexo palpebral medial esteve presente em 66,6% dos animais do GSAL e em 16,6% dos animais do GDEX. O globo ocular permaneceu centralizado em todos os animais do GSAL e rotacionado em 83,4% dos animais do GDEX. Foi observada redu??o da freqüência cardíaca após a indu??o anestésica em ambos os grupos. A press?o arterial média foi menor no T0 e no T5, no GDEX, e maior no T10, no GSAL, em rela??o ao basal. A freqüência respiratória foi menor no GDEX nos tempos T20 e T30 em rela??o a GSAL. A SaO2 e a PaO2 foram maiores de T5 até T40 para ambos os grupos em compara??o ao basal. Para a PaCO2, foram observados valores maiores de T5 até T40 para o GDEX e maiores no T5, T10 e T20, no GSAL, em rela??o aos valores basais. Na recupera??o anestésica, 50% e 16,6% dos animais apresentaram agressividade no GSAL e GDEX, respectivamente. Com rela??o à intensidade de dor ao toque da ferida, foi observado que 33,3% dos animais do GSAL e 66,7% dos animais do GDEX receberam escore 0 (sem rea??o). Conclui-se que os animais que receberam administra??o de dexmedetomidina pela via epidural apresentaram plano de anestesia mais estável com maior grau de analgesia no período trans e pós-operatório, recupera??o anestésica de melhor qualidade, sem altera??es cardiovasculares e hemogasométricas significativas.