O ensino clínico em enfermagem, pela sua natureza e complexidade de experiências,desencadeia novos sentimentos no estudante que potenciam a vivência de stresse. No entanto,o stresse poderá ter consequências negativas e benefícios para o estudante, na medida em quedesenvolve capacidades pessoais e profissionais para aprender a lidar com essas situações.O presente estudo pretende identificar os fatores geradores de stresse dos estudantes deenfermagem em ensino clínico e identificar as principais estratégias de coping adotadas nagestão do stresse. Pretende-se, também, identificar as áreas de supervisão clínica adesenvolver com o intuito de evoluir para uma proposta de um modelo de supervisão promotorade uma adaptação positiva, por parte dos estudantes, em situações de stresse.O estudo foi realizado com 245 estudantes da Escola Superior de Enfermagem do Porto quefrequentavam o 3º e 4º anos do Curso de Licenciatura em Enfermagem no ano letivo de2014/2015, sendo que utilizamos um questionário com quatro partes. A primeira partedirecionada para os dados sociodemográficos dos estudantes e a segunda referente àscaracterísticas do ensino clínico considerado como o mais stressante. Na terceira parteutilizamos a Escala de Situações Indutoras de Stresse em Ensino Clínico em Enfermagem e naúltima parte o Questionário de Estratégias de Coping.Verificou-se que os estudantes identificam os aspetos pessoais, a gestão de tempo e trabalho ea orientação em ensino clínico como principais situações indutoras de stresse. Os participantesreferem assumir a responsabilidade, procurar suporte social e resolver os problemas de formaplaneada como estratégias de gestão do stresse.A supervisão de estudantes apresenta inúmeros benefícios e demonstra-se fulcral noacompanhamento dos estudantes em ensino clínico de enfermagem para desenvolver ascapacidades pessoais e profissionais de uma forma mais equilibrada e mais eficaz.
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