Análises químicas e citotóxicas de três variedades de própolis brasileiras (própolis verde, própolis jataí e própolis marrom) e sua atividade in vitro anti-Sporothrix brasiliensis

摘要

RESUMO Neste estudo, descreveu-se a atividade antifúngica de três extratos de própolis brasileiras: marrom, verde e de abelhas jataí (Tetragonisca angustula), contra Sporothrix brasiliensis. Os extratos foram obtidos de extra??o etanólica, e a sua composi??o química foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência, acoplada à espectrometria de massa. A toxicidade celular foi medida em células MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney), avaliada por observa??o microscópica e quantificada pelo ensaio MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-ilo -2,5-difenil-2H bromo tetrazolato). Para a atividade antifúngica, determinou-se a concentra??o inibitória mínima (CIM) e a concentra??o fungicida mínima (CFM) por meio de microdilui??o em caldo. Os resultados mostraram que a toxicidade celular n?o foi observada em concentra??es menores (0,097 a 0,39μg/ml). Entre os compostos químicos identificados, foram quantificados o ácido cafeico, ácido p-cumárico, ácido clorogênico, ácido ferúlico e a rutina. Na atividade antifúngica, as própolis verde e jataí n?o apresentaram atividade contra os isolados (CIM e CFM maior que 0,78mg/ml), porém todos os isolados de S. brasiliensis foram sensíveis à própolis marrom (CIM de 0,09 a 0,78mg/ml), incluindo a cepa padr?o (P0,001). Entre as própolis brasileiras estudadas, a marrom mostrou atividade contra S. brasiliensis, e mais estudos devem ser realizados para avaliar seu uso promissor no tratamento da esporotricose.