OBJETIVOS: Determinar a prevalência de coloniza??o nasofaríngea pelo pneumococo em crian?as com doen?a falciforme, em uso de profilaxia com penicilina; identificar fatores de risco para coloniza??o; sorotipar as cepas isoladas e avaliar a resistência antimicrobiana. METODOLOGIA: Foram colhidos 188 suabes de nasofaringe de 98 crian?as com doen?a falciforme em acompanhamento no Hospital S?o Paulo, da Universidade Federal de S?o Paulo, no período de 09 de abril de 2002 a 28 de fevereiro de 2003. O isolamento e a identifica??o dos pneumococos seguiram procedimentos padronizados. A concentra??o inibitória mínima para penicilina foi determinada pelo método do E-test. A sorotipagem foi realizada pela rea??o de Neufeld-Quellung com anti-soros para 46 sorotipos. RESULTADOS: A idade variou de 4 meses a 17 anos (média e desvio padr?o de 6,8±4,7 anos). Das 98 crian?as do estudo, 13 apresentaram coloniza??o pelo pneumococo (prevalência de 13,3%). O maior risco de coloniza??o ocorreu em menores de 2 anos de idade (p = 0,02). A prevalência de cepas com resistência intermediária à penicilina foi de 21,4%, n?o sendo evidenciada resistência plena. Também n?o houve cepas resistentes à eritromicina, ceftriaxona e vancomicina. Os sorotipos isolados mais freqüentes foram o 18C e o 23F. CONCLUS?ES: O uso profilático de penicilina diminuiu a coloniza??o nasofaríngea pelo pneumococo e n?o determinou aumento da resistência a esse antimicrobiano nas crian?as com doen?a falciforme. A penicilina ainda pode ser usada na profilaxia e no tratamento dos episódios febris dessas crian?as.
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