O presente trabalho descreve o fen?meno da prolifera??o das rupturas paradigmáticas publicadas na literatura biomédica. é discutida a distor??o que, com o passar das décadas, atribuiu um sentido oposto ao original proposto por Thomas Khun. Na sua grande maioria percebemos que essas pseudo-rupturas se relacionam meramente a detalhes técnicos ligados a contextos específicos. Destaca-se o caso da medicina baseada em evidências (MBE), anunciada como uma dessas rupturas, em cuja essência se reafirmam antigas concep??es. Alguns equívocos conceituais s?o enfatizados como tentativas de aplicar os pressupostos da MBE a fen?menos ligados à subjetividade e à dinamica social, além de outros objetos de estudo peculiares às ciências sociais. S?o citadas 12 metanálises inconclusivas, que originam paradoxos quando estudados por esta via. A crítica a alguns aspectos da MBE é sintetizada pelo de seu efeito de confundimento epistemológico. Há imprecis?es conceituais do termo relacionadas ao efeito de "entrincheiramento", ao qual s?o induzidos outros modelos epistemológicos n?o alinhados, assim como a tendência à compreens?o universal dos fen?menos pela perspectiva dos estudos duplo-cego randomizados.
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