O trabalho doméstico remunerado no Brasil tem se tornado objeto de estudo frequente nas Ciências Sociais. As categorias de análise gênero, ra?a e classe social s?o as abordagens mais recorrentes para falar sobre sua condi??o de trabalho, historicidade e quest?es pertinentes aos seus dados no passado e presente. A partir dos anos 2000 verificou-se uma elevada taxa no aumento de trabalhadoras domésticas sem carteira assinada, a mudan?a corre em dire??o contrária aos avan?os jurídicos conquistados recentemente com a Emenda Constitucional 72a de 2013, a qual garante todos os direitos previstos na Consolida??o das Leis Trabalhistas de 1943. O seguinte artigo discute sobre essa mudan?a no trabalho doméstico remunerado a partir da pesquisa de campo realizada em 2016 na cidade de Marília (SP) com empregadas, diaristas e empregadores(as). A partir dos dados levantados, verificou-se que problemas estruturais como a divis?o sexual do trabalho doméstico tende a repercutir sobre a profiss?o quando oferecida como servi?o, sendo delineada principalmente por indicadores sociais de gênero.
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