OBJETIVO: Avaliar os resultados clínicos e radiográficos dos pacientes com fraturas em duas e três partes da extremidade proximal do úmero tratados por sutura n?o absorvível, com incorpora??o do manguito rotador, o que permite aumentar a estabilidade da fixa??o, principalmente em pacientes com pobre qualidade óssea. MéTODOS: Dezenove pacientes foram operados, sendo 15 do sexo feminino e quatro do masculino, com média de idade de 57,4 anos (23-79 anos) e seguimento médio de 53,4 meses (sete a 144 meses). De acordo com a classifica??o de Neer, havia 10 fraturas em três partes (colo cirúrgico e tubérculo maior) e nove fraturas em duas partes (duas do tubérculo maior e sete do colo cirúrgico). Todos foram operados na posi??o " cadeira de praia" , com anestesia endotraqueal e bloqueio do plexo braquial. O acesso deltopeitoral foi utilizado para fraturas em duas partes do colo cirúrgico e fraturas em três partes. Para fraturas em duas partes do tubérculo maior, foi utilizado acesso transacromial. As fraturas foram reduzidas e fixadas com sutura n?o absorvível no 5. O angulo cervicodiafisário foi medido para avalia??o da consolida??o viciosa. RESULTADOS: Verificou-se consolida??o óssea em 95% dos pacientes. A média da eleva??o anterior nos pacientes com fratura em duas partes foi de 163,3° (90°-180°); a rota??o externa média, de 56° (30° a 90°); e a rota??o interna média, de T10 (S1-T5). Nos pacientes com fratura em três partes, a média de eleva??o anterior foi de 163° (100°-180°); a rota??o externa média, de 52,5° (5°-70°) e a rota??o interna média, de T10 (L4-T7). A for?a de abdu??o foi igual à do lado contralateral em 12 pacientes e menor em sete. O tempo necessário para o paciente retornar às atividades anteriores foi, em média, de 5,19 meses (dois a 12 meses). Na avalia??o radiológica, o angulo cervicodiafisário médio foi de 141° (110°-170°) nas fraturas em duas partes e de 150° (106°-210°) nas fraturas em três partes, sendo verificada consolida??o em valgo em nove pacientes (59%) e, em varo, em dois pacientes. De acordo com o escore da UCLA, verificaram-se 88,8% de bons e excelentes resultados e 11,2% de maus resultados, para ambos os tipos de fratura. Os últimos, representados por um caso de pseudartrose e outro, por uma capsulite adesiva no pós-operatório. CONCLUS?O: As fraturas em duas e três partes do úmero proximal podem ser satisfatoriamente tratadas com sutura n?o absorvível com incorpora??o do manguito rotador, particularmente nos idosos. Complica??es relacionadas aos metais est?o afastadas. Pacientes com fraturas do tubérculo maior tratados com suturas podem ter resultados similares aos daqueles com fraturas do colo cirúrgico. Embora o objetivo da cirurgia seja a reconstru??o anat?mica, alguma deformidade residual n?o impede resultado satisfatório. O método é pouco invasivo, permite estabilidade razoável dos fragmentos, com altos índices de consolida??o óssea e satisfa??o do paciente. A coopera??o do paciente é crucial para o sucesso terapêutico.
展开▼