O exercício físico induz inflama??o, evento que ocorre para promover o reparo e remodelamento tecidual após o trauma. A ativa??o do processo inflamatório é local e sistêmico, valendo-se para isso de diversas células e componentes secretados. O objetivo é restabelecer a homeostasia organica após uma única sess?o ou após diversas sess?es de exercícios. A resposta de fase aguda consiste de a??es integradas entre leucócitos, citocinas, proteínas de fase aguda, horm?nios e outras moléculas sinalizadoras que controlam a resposta tanto a uma sess?o de exercícios como também direcionam as adapta??es decorrentes do treinamento. Nessa revis?o, apresentaremos um panorama geral sobre inflama??o e exercício físico, e os dados na literatura sobre marcadores de inflama??o em resposta a diferentes protocolos experimentais. Os resultados obtidos apontam respostas distintas sobre o processo inflamatório em rela??o aos efeitos agudos ou cr?nicos dos exercícios. De forma geral, uma única sess?o de exercício físico intenso induz um estado pró-inflamatório, representado por leucocitose transitória, em decorrência de neutrofilia, monocitose e linfocitose, seguida de supress?o parcial da imunidade celular. Também têm sido observados aumentos nas concentra??es séricas da enzima creatina quinase, proteína C-reativa e moléculas de ades?o celular, além do aumento na secre??o de cortisol e citocinas. Já o treinamento físico sistematizado pode levar a um estado anti-inflamatório local e sistêmico. Esse ambiente anti-inflamatório viabilizaria a adapta??o e, ao mesmo tempo, protegeria o organismo contra o desenvolvimento de patologias inflamatórias cr?nicas e dos efeitos nocivos do overtraining, quando parece prevalecer um estado pró-inflamatório e pró-oxidante cr?nico e sistêmico.
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