Espinha bífida aberta: achados ultra-sonográficos e presen?a de contra??es uterinas na predi??o da evolu??o motora neonatal

摘要

OBJETIVO: avaliar a influência das altera??es ultra-sonográficas pré-natais e das contra??es uterinas de trabalho de parto na evolu??o motora neonatal em fetos portadores de espinha bífida aberta. MéTODOS: foram analisados fetos portadores de espinha bífida aberta. Estes fetos foram acompanhados nos servi?os de Medicina Fetal do Hospital S?o Paulo (Universidade Federal de S?o Paulo) e do Hospital e Maternidade Santa Joana. Todos os partos foram realizados nestes servi?os e a avalia??o neonatal foi realizada pela equipe de Neurocirurgia comum a ambas as institui??es Foi observada a influência das altera??es ultra-sonográficas (macrocrania, microcrania, nível da falha de fechamento da coluna, pé torto e tipo de apresenta??o fetal) na for?a muscular de membros inferiores no período neonatal. Foi analisada, também, a influência das contra??es uterinas sobre a movimenta??o dos membros inferiores. Todos os partos foram realizados por cesárea. Foram utilizados os testes de c2 e Fisher para compara??es categóricas, com p<0,05 para estabelecer associa??o significante. RESULTADOS: foram estudados cinqüenta e três casos de espinha bífida isolada. As altera??es da circunferência craniana e o nível da les?o n?o interferiram na parte neuromotora neonatal. Entretanto, a presen?a de pé torto e a apresenta??o pélvica mostraram prognóstico neurológico neonatal desfavorável (p<0,05). O pé torto foi encontrado em 23 fetos (43%). Dezoito recém-nascidos (78,3%) portadores de pé torto apresentaram altera??es motoras. Nenhum neonato em apresenta??o pélvica (n=10) mostrou fun??o motora normal. A diminui??o da for?a motora nos membros inferiores também foi observada em 13 fetos (87%) expostos às contra??es uterinas de trabalho de parto e à rotura prematura de membranas (p<0,05). CONCLUS?O: a presen?a de pé torto e a apresenta??o pélvica s?o parametros úteis para a predi??o da evolu??o neurológica neonatal. Contra??es uterinas de trabalho de parto e a rotura prematura de membrana s?o fatores de pior prognóstico neuromotor neonatal.