Impacto do tipo de incontinência urinária sobre a qualidade de vida de usuárias do Sistema único de Saúde no Sudeste do Brasil

摘要

OBJETIVO: Identificar o impacto da incontinência urinária (IU) sobre a qualidade de vida (QV), comparar os escores dos domínios de QV em mulheres com incontinência de esfor?o (IUE), bexiga hiperativa (BH) e incontinência mista (IUM) e estabelecer a associa??o entre o tipo clínico de IU e o impacto sobre a QV.MéTODOS: Foram coletadas informa??es sobre idade, índice de massa corpórea (IMC) e comorbidades de 181 mulheres incontinentes atendidas em servi?o público. O King's Health Questionnaire (KHQ) foi aplicado e as pacientes foram divididas, de acordo com a autoavalia??o do impacto da incontinência, em dois grupos, cujos escores dos domínios do KHQ foram comparados pelo teste de Mann-Whitney. De acordo com os sintomas, as mulheres foram divididas nos grupos IUE, BH e IUM, e os escores do KHQ foram comparados pelos testes de Kruskal-Wallis e de Dunn. As raz?es de chances (OR) de a mulher reportar pior impacto da IU na QV foram estimadas por modelo logístico binário. As variáveis de controle foram faixa etária, IMC e número de comorbidades.RESULTADOS: Observou-se diferen?a significante entre os dois grupos de autoavalia??o do impacto da IU para todos os domínios do KHQ. O grupo IUM apresentou piores escores que o grupo IUE para todos os domínios, e o grupo BH, para limita??es de atividades diárias e físicas. Houve diferen?a significante entre as chances de as mulheres dos grupos IUE e IUM reportarem pior impacto de IU na QV (OR=2,9; p=0,02).CONCLUS?O: Assim como em outras popula??es de servi?os especializados, a IUM foi o subtipo mais comum, e a perda urinária comprometeu de forma moderada/grave a QV, afetando o domínio limita??es das atividades diárias com maior intensidade. A análise ajustada mostrou que mulheres com IUM apresentam chance aproximadamente três vezes maior de reportarem pior impacto sobre a QV que aquelas com IUE.