OBJETIVO: avaliar o efeito de variáveis maternas, socioecon?micas e obstétricas, assim como a presen?a de incisuras na 20a e na 24a semana, sobre o peso fetal estimado no final da gravidez (36a semana) em gestantes atendidas pelo Programa Saúde da Família em uma cidade do interior do Nordeste do Brasil. MéTODOS: estudo longitudinal incluindo 137 gestantes. As gestantes foram acompanhadas a cada quatro semanas para aferi??o das condi??es clínicas, socioecon?micas e obstétricas, incluindo o peso materno. As artérias uterinas foram avaliadas pelo Doppler na 20a e 24a semana, o peso fetal e o índice de líquido amniótico (ILA) foram determinados na 36a semana. O estado nutricional materno inicial foi determinado pelo índice de massa corpórea (IMC), classificando-se as gestantes como com baixo peso, eutróficas, com sobrepeso e obesas. O ganho ponderal durante a gesta??o foi avaliado de acordo com o estado nutricional inicial, sendo ao final do segundo e terceiro trimestre classificado em ganho ponderal insuficiente, adequado e excessivo. Foi realizada análise de variancia para avaliar a associa??o do peso fetal estimado na 36a semana com as variáveis preditoras, ajustada por regress?o linear múltipla. RESULTADOS: observou-se associa??o entre peso fetal estimado na 36a semana e idade da m?e (p=0,02), trabalho materno (p=0,02), estado nutricional inicial (p=0,04), ganho ponderal no segundo trimestre (p=0,01), presen?a de incisuras nas artérias uterinas (p=0,02) e ILA (p=0,007). Os principais fatores associados ao peso fetal estimado na 36a semana, após a análise de regress?o múltipla, foram: IMC no início da gravidez, ganho ponderal no segundo trimestre, ILA e tabagismo. CONCLUS?ES: o peso fetal no presente estudo associou-se positivamente ao estado nutricional materno inicial, ao ganho ponderal no segundo trimestre, ao volume do líquido amniótico e negativamente ao hábito de tabagismo.
展开▼