OBJETIVO: Verificar a diferen?a na propor??o de adolescentes com síndrome metabólica, diagnosticados por três diferentes critérios, bem como com a utiliza??o da resistência à insulina no lugar da glicemia de jejum. MéTODOS: Estudo transversal com 121 adolescentes obesos, de 10 a 14 anos de idade, da rede municipal de ensino de Porto Alegre, em 2011. Foram realizadas avalia??es antropométricas, de press?o arterial e bioquímicas. A síndrome metabólica foi definida por três critérios diagnósticos diferentes: International Diabetes Federation, Cook e de Ferranti. Todos eles incluem cinco componentes: perímetro abdominal, press?o arterial, lipoproteína de alta densidade (HDL) colesterol, triglicerídeos e glicemia em jejum, sendo necessária a altera??o de pelo menos três para o diagnóstico da síndrome. Para a caracteriza??o da resistência à insulina, foi utilizado o índice Homeostasis Model Assessment - Insulin Resistance. A análise de concordancia entre os critérios foi realizada pela estatística de Kappa. RESULTADOS: A síndrome metabólica foi observada em 39,7, 51,2 e 74,4% dos adolescentes, de acordo com as defini??es da International Diabetes Federation, Cook e de Ferranti, respectivamente. Houve concordancia do diagnóstico para os três critérios, simultaneamente, em 60,3% da amostra. O componente mais prevalente foi o perímetro abdominal elevado (81,0, 81,0 e 96,7%), e o menos prevalente foi a glicemia em jejum elevada (7,4, 1,7 e 1,7%). A utiliza??o do Homeostasis Model Assessment - Insulin Resistance aumentou significativamente a propor??o de diagnósticos positivos para a síndrome. CONCLUS?O: Os resultados mostraram considerável diferen?a entre os três critérios diagnósticos. Enquanto n?o houver consenso em rela??o aos critérios da síndrome metabólica, ser?o frequentes as divergências quanto à prevalência da doen?a em popula??es pediátricas.
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