Resumo Objetivo Avaliar as características clínicas e os padr?es de transito intestinal em crian?as brasileiras com constipa??o refratária. Métodos De 2010 a 2013, 79 pacientes constipados receberam acompanhamento em um hospital terciário. Desses pacientes, 28 (entre 8‐14 anos) foram identificados como terapia refratária a convencional e passaram por um método visual simplificado de estudo nuclear do transito intestinal, com ingest?o de uma refei??o líquida contendo 9,25 MBq/Kg de fitato ‐99m Tc. Imagens estáticas abdominais foram tiradas imediatamente e em duas, seis, 24, 30 e 48 horas após a ingest?o para uma análise qualitativa da progress?o do marcador radioativo pelo cólon. Resultados Foram encontrados dois padr?es de transito intestinal: transito intestinal lento (STC, n=14), quando as imagens de 48 horas mostraram que grande parte do marcador permaneceu no cólon proximal e transversal; e reten??o distal (DR, n=14), quando, após 30 horas, o radioisótopo havia passado o cólon transverso e estava retido no retossigmoide até 48 horas. O grupo STC e o grupo DR incluíram, respectivamente, nove e 10 meninos; idade média no momento do NTS: 11 e 10 anos, p=0,207; dura??o média de constipa??o: sete e seis anos, p=0,599. Sintomas de constipa??o durante o primeiro ano de idade (p=0,04) e relatos de fezes moles (p=0,02) foram mais comuns em pacientes com STC. Observou‐se impacta??o fecal abdominal palpável apenas no grupo DR. A apendicostomia para enema anterógrado para continência foi bem‐sucedida em 4/12 (305) pacientes com STC (acompanhamento médio: 2,4 anos). Conclus?o O estudo nuclear do transito diferenciou dois padr?es de dismotilidade intestinal e foi útil para orientar pacientes refratários a terapias específicas.
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