Estudo epidemiológico e avalia??o de fatores de risco da infec??o por Toxoplasma gondii e achados clinico-patológicos da infec??o aguda em c?es admitidos em um Hospital Escola Veterinário

摘要

RESUMO: Esse trabalho teve como objetivo estudar a prevalência e respectivos fatores de risco para infec??o do Toxoplasma gondii em c?es provenientes de uma popula??o hospitalar. Além disso, avaliou-se as taxas de ocorrência e as repercuss?es clínico-patológicas da infec??o aguda pelo T. gondii nesses animais. Anticorpos foram detectados em 7% (26/386) da popula??o estudada, composta de 386 c?es de ambos os sexos e diferentes ra?as e idades. Somente as variáveis, ingest?o de vísceras, origem rural e contato com bovinos apresentaram valores significativos com p<0.05. Adicionalmente os c?es de origem rural apresentaram maiores risco (OD=7.00) de infec??o do que aqueles de origem urbana. Em 6,5% (25/386) foram detectados títulos de contato (entre 16 e 256); esses títulos n?o significam necessariamente infec??o aguda e sim apenas exposi??o prévia. é de fundamental importancia o reconhecimento da infec??o prévia por T. gondii nesses pacientes hospitalares. Dependendo da causa da admiss?o, mesmo n?o sendo a toxoplasmose a responsável, o paciente deve receber o tratamento anti-protozoário profilaticamente ou ser monitorado para posterior tratamento em caso de reagudiza??o da enfermidade por recrudescência dos bradizoítos encistados. Apenas um animal (3.44%, 1/386) foi admitido com titula??o elevada, o qual pode ser sugestivo de infec??o aguda (titulo de 4096). Embora o animal com infec??o aguda tenha sido apresentado com sinais neurológicos, cautela é necessária para n?o extrapolar uma falsa interpreta??o que a toxoplasmose é a grande responsável por quadros neurológico, uma vez que inúmeros outros casos incluídos nesse estudo tinham manifesta??es neurológicas e n?o tinham títulos de infec??o aguda, nem mesmo título de contato prévio. A toxoplasmose aguda n?o foi uma afec??o clínica expressiva nessa ambiência hospitalar, no entanto diagnóstico diferencial deve ser feito nos pacientes enfermos, principalmente os da área rural, e diagnostico definitivo deve ser alcan?ado para a correta conduta terapêutica.