Precisamos falar sobre o lugar epistêmico na Teoria da História

摘要

O debate sobre a geopolítica da produ??o intelectual tem uma longa e respeitável tradi??o. Dela participam intelectuais do continente africano, desde o contexto de liberta??o do jugo colonial (décadas de 1950-1970), intelectuais que integram os paradigmas pós-colonial, decolonial e, mais recentemente, as chamadas teorias ou epistemologias do Sul. Mas se a quest?o da geopolítica de produ??o do conhecimento é amplamente conhecida no cenário das teorias sociais, existe um contraste em rela??o ao campo da Teoria da História. Seria possível dizer que a Teoria da História, como ela é praticada no Brasil, se apresenta como emblema desse contraste, como express?o do que os(as) intelectuais vinculados(as) às tradi??es acima mencionadas têm denominado “extrovers?o”, “imperialismo intelectual”, “dependência acadêmica”, “mentalidade cativa”, ou “metrocentrismo”. O objetivo desse artigo é pensar, a partir da realidade brasileira, a geopolítica de produ??o e consumo da Teoria da História. Para tanto proponho uma particular defini??o da categoria de lugar epistêmico. Palavras-chave: Teoria da História. Historiografia. Geopolítica.