Estado atual do diagnóstico e tratamento da apendicite aguda na crian?a: avalia??o de 300 casos

摘要

OBJETIVOS: Avaliar o estado atual do diagnóstico e tratamento da apendicite aguda em crian?as operadas em dois grandes hospitais quaternários da cidade de S?o Paulo, no período de 30 meses. MéTODO: Nossa casuística constou de 300 crian?as operadas por apendicite aguda no período de 1998 a 2000 (65% do sexo masculino e 35% feminino). Foram analisadas as variáveis idade, sexo, manifesta??es clínicas, tempo gasto para o diagnóstico, achados de exame físico, laboratoriais e cirúrgicos, antimicrobianos administrados, complica??es pós-operatórias e tempo de interna??o. Utilizou-se o teste t de Student para avaliar duas variantes e Análise de Variancias quando mais de duas. RESULTADOS: Diagnosticou-se inicialmente apendicite aguda em apenas 63% dos casos, tendo os 35% restantes, diagnóstico de abdome agudo cirúrgico. O tempo decorrido na realiza??o do diagnóstico foi superior a 24 horas em 57,4% dos casos, denotando retardo importante na sua elabora??o. Dor abdominal (85,3%) e irrita??o peritoneal (82%) em fossa ilíaca direita foram os sinais e sintomas mais freqüentes. Identificou-se leucocitose em 83% dos pacientes e leucocitúria em 39,7 %. Em 92,4% das radiografias simples de abdome encontramos imagens sugestivas de apendicite aguda. A ultra-sonografia abdominal foi diagnóstica em 80,1% dos casos. Utilizaram-se esquemas antimicrobianos especialmente para agentes gram-negativos e anaeróbicos. A principal complica??o foi infec??o da ferida cirúrgica, n?o tendo sido observada mortalidade no grupo. A média de interna??o foi de 5.2 e 6,0 dias para meninos e meninas respectivamente. CONCLUS?O: Mesmo com melhor conhecimento sobre apendicite aguda, refinamento técnico, laboratorial, radiológico e uso de antibioticoterapia adequada, o tempo de para diagnóstico e a morbidade ainda se mantém alta na idade pediátrica.