Desinstitucionaliza??o Psiquiátrica no Brasil: riscos de desresponsabiliza??o do Estado?

摘要

O artigo analisa o processo de desinstitucionaliza??o resultante do movimento de Reforma Psiquiátrica, discutindo, em especial, o lugar destinado pelas famílias das pessoas com transtornos mentais (PCTM), a partir das altera??es nas fun??es do Estado neste processo. Baseia-se em revis?o bibliográfica. No que concerne à trajetória histórica da família brasileira e, mais especificamente, da família no contexto da saúde mental, que deslocam os papéis e lugares dos diferentes grupos familiares na dire??o do processo de inser??o comunitária das PCTM, constatou-se que n?o basta fechar os manic?mios ou reduzir o número de leitos psiquiátricos, se antes n?o forem modificados os significados desses aparatos nos cernes familiar, comunitário e social. Para que a Reforma Psiquiátrica se efetive, a família tem que ser vista como agente fundamental de transforma??es da percep??o de loucura, bem como ser incluída de forma responsável no processo de cuidado, recebendo suporte e partilhando atribui??es juntamente com o Estado e a comunidade.