O trabalho visa contribuir para o debate sobre desindustrializa??o no Brasil, atribuída à aprecia??o cambial que, para vários autores, decorre do aumento das exporta??es agrícolas. Do emprego do método constant market share sobre informa??es de comércio exterior da FAO, para o período 1991-2003, chegou-se à conclus?o que a exporta??o agrícola brasileira cresceu mais que o potencial, resultado de aumento expressivo da competitividade. Depois da mudan?a cambial, em 1999, parte da competitividade foi neutralizada pelo aumento da participa??o na pauta de produtos com demanda mundial em declínio. Da decomposi??o do valor exportado prevaleceu o efeito do aumento da quantidade, fato mais evidente depois da mudan?a cambial, porque o efeito pre?o foi negativo. Mesmo descontando o efeito da deprecia??o real do cambio, a mudan?a nos pre?os internacionais foi desfavorável à agricultura brasileira. O efeito flexibilidade da pauta, negativo em todo o período, indica grande participa??o de produtos em desacordo com a lei geral da oferta, fato mais grave no período recente, quando a maior parte dos produtos com aumento do volume exportado estava com pre?o em baixa no mercado internacional. O declínio da exporta??o de manufaturados e o maior crescimento do comércio de produtos básicos indicam tendência à desindustrializa??o da agricultura.
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