A rela??o entre o avaliador e o objeto avaliado

摘要

Em um contexto onde o desenvolvimento do processo de institucionaliza??o da avalia??o da aten??o básica requisita a participa??o dos envolvidos, fazendo crescer as dúvidas quanto à possibilidade de isen??o dos avaliadores internos diante dos elementos de fracasso que forem identificados no trabalho cotidiano, este artigo discute uma quest?o que permeia toda prática avaliativa: a rela??o entre o avaliador e o objeto de avalia??o. Adota-se a perspectiva de que na aten??o à saúde o objeto da avalia??o n?o é exterior ao avaliador e está inserido em uma rede simbólica que justifica os interesses e comporta uma interpreta??o da a??o. Na inclus?o do monitoramento e da pesquisa avaliativa à rotina dos servi?os, a realiza??o de uma análise relativamente distanciada resulta do reconhecimento de que a neutralidade é uma ilus?o, ou seja, é a capacidade de aceitar as possibilidades de preconceber os fatos que permite, mediante um exercício prático sistemático, admitir a realidade como ela é, n?o como se gostaria que fosse. Assim, quanto mais se alcan?a um equilíbrio crítico e auto-crítico entre condi??es objetivas e subjetivas, mais se desvela a realidade.