OBJETIVO: Determinar as altera??es sofridas pelo miocárdio durante a cardioplegia sangüínea hipotérmica retrógrada contínua com a adi??o da indu??o cardioplégica anterógrada normotérmica. MéTODO: Análise metabólica da cardioplegia sangüínea hipotérmica retrógrada contínua com indu??o anterógrada normotérmica em estudo prospectivo de 15 pacientes consecutivos. Amostras de sangue arterial e do seio coronário foram simultaneamente colhidas para análise do conteúdo de oxigênio e da concentra??o de lactato. Quatro biópsias miocárdicas foram obtidas para análise dos níveis de ATP, ADP, AMP e lactato no miocárdio. A isoenzima CK-MB foi analisada no sangue venoso. RESULTADOS: N?o houve mortalidade no grupo. Nenhum paciente necessitou de suporte inotrópico na saída de CEC e n?o foi detectado IAM per ou pós-operatório. Ocorreu diminui??o da extra??o artério-venosa do lactato e do oxigênio pelo cora??o durante a reperfus?o, havendo uma recupera??o parcial ao final de 60 minutos de reperfus?o. Os níveis miocárdicos de ATP e de seus nucleotídeos foram mantidos durante o pin?amento aórtico, porém houve redu??o destes nos primeiros 30 minutos de reperfus?o. O lactato acumulou-se no músculo cardíaco durante o pin?amento aórtico, havendo redu??o durante a reperfus?o. CONCLUS?ES: Concluímos por uma análise metabólica que o método n?o conseguiu evitar o metabolismo anaeróbico durante o período de pin?amento aórtico e que somente com 60 minutos de reperfus?o foi observado um grau de recupera??o metabólica satisfatória. Provavelmente essas altera??es s?o devido à injúria isquêmica celular ocorrida durante o pin?amento aórtico e parecem ter efeito transitório. Observamos melhora da prote??o miocárdica com o acréscimo da indu??o cardioplégica anterógrada normotérmica.
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