Les?o encefálica hipóxica em vítimas fatais de acidente de transito: prevalência, distribui??o e associa??o com tempo de sobrevida e outras les?es cranioencefálicas e extracranianas

摘要

OBJETIVO: Descrever a prevalência e a distribui??o da les?o encefálica hipóxica e sua associa??o com tempo de sobrevida e outras les?es cranioencefálicas e extracranianas. MéTODO: Realizou-se o estudo anátomo-patológico macro e microscópico de 120 vítimas fatais de acidente de transito, independente do tempo de sobrevida, necropsiadas no Instituto Médico Legal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, no período entre 1989 e 1993. O estudo foi prospectivo e os indivíduos foram selecionados aleatoriamente. RESULTADOS: Das 120 vítimas, 51 eram motoristas ou passageiros de veículos motorizados e 69 eram pedestres. Oitenta e três pacientes (69,2%) faleceram no local do acidente ou com menos de 24 horas de sobrevida e 37 (30,8%) sobreviveram um ou mais dias. Evidência histológica de les?o encefálica hipóxica foi detectada em 23 (19,2%) dos 120 encéfalos. A prevalência foi de 4,8% entre os pacientes que sobreviveram menos de 24 horas e 51,4% para aqueles com um ou mais dias de sobrevida. A les?o encefálica hipóxica foi encontrada principalmente no hipocampo e subiculum (65,2%), tálamo (34,8%), neocórtex cerebral (26,1%) e núcleos da base (21,7%). N?o se observou associa??o significativa entre les?o encefálica hipóxica e hipertens?o intracraniana, trauma tóraco-abdominal e pneumonia e/ou meningite nos pacientes com sobrevida igual ou superior a um dia. CONCLUS?O: A les?o encefálica hipóxica ocorre em alta frequência em vítimas fatais de acidente de transito com um ou mais dias de sobrevida, n?o estando significativamente associada a hipertens?o intracraniana, trauma tóraco-abdominal e pneumonia e/ou meningite.