Adapta??o das plantas ao fogo: enfoque na transi??o floresta - campo

摘要

A presen?a de campos entremeados pela floresta de araucária, na regi?o do planalto meridional sul brasileiro, surpreende os estudiosos, pois a vigorar o clima atual, de maiores precipita??es, a tendência seria o desenvolvimento de vegeta??o florestal. Os distúrbios, sobretudo a intera??o fogo-pastejo, e as baixas temperaturas da regi?o, s?o os grandes responsáveis pelos limites e expans?o da floresta latifoliada, e predomínio daquele tipo de vegeta??o. A vegeta??o campestre e arbórea submetida por longo período a fogos recorrentes desenvolveu uma série de estratégias no sentido de tolerar, evitar ou responder ao fogo. A resposta individual das plantas ao fogo envolve altera??es morfológicas e fisiológicas, enquanto, na comunidade, observam-se mudan?as na dinamica da associa??o entre espécies. Na vegeta??o campestre, as gramíneas s?o o componente da comunidade mais tolerante ao fogo, devido ao contínuo crescimento dos meristemas intercalares e de novos afilhos que crescem protegidos no solo ou na bainha de folhas velhas. O fogo estimula o florescimento em plantas cuja forma de crescimento evita grande perda de material na queima. Também promove a libera??o de sementes através do choque térmico ou de substancias liberadas na fuma?a. Na comunidade, os efeitos do fogo sobre as plantas s?o sentidos em rela??o ao modo de sobrevivência, natureza e localiza??o dos tecidos regenerados. O comportamento das plantas em rela??o à queima pode ser como dependentes (estímulo à reprodu??o), resistentes (estímulo ao rebrote), ou plantas que evitam o fogo (ciclo anual). Portanto, o fogo tem complexos efeitos sobre a estrutura da vegeta??o, sendo que espécies vegetais sensíveis e tolerantes à queima tem diferentes sítios de preferência no ambiente.