Os limiares planetários, a Rio+20 e o papel do Brasil

摘要

Neste artigo consideramos os problemas ambientais globais dentro do conceito de limiares planetários, em convergência com os últimos avan?os das ciências naturais. Nesse contexto, nosso objetivo é explorar o papel do Brasil na governan?a do espa?o de opera??o seguro para a humanidade, avaliando como o país complementa o enorme capital ambiental físico que possui com a??es políticas específicas orientadas para uma economia verde de baixo carbono (EVBC), tanto no ambito doméstico quanto no internacional. Para atingir essa meta, em primeiro lugar discutimos conceitualmente a economia verde de baixo carbono como paradigma de desenvolvimento compatível com um espa?o de opera??o seguro para a humanidade; em segundo lugar, analisamos a Rio+20 pelo prisma da governan?a global dos limiares planetários e pela atua??o brasileira na Cúpula; e finalmente fazemos um diagnóstico da situa??o do Brasil em rela??o ao novo paradigma de desenvolvimento. Como conclus?es da análise, destacamos a crescente distancia entre a acelera??o dos problemas da interdependência - especialmente a defini??o de um espa?o seguro de opera??o para a humanidade - e os mecanismos globais de governan?a existentes, derivada de um sistema internacional bloqueado e dominado por for?as conservadoras. O resultado frustrante da Rio+20 é evidência clara dessa defasagem. Nessa dinamica, o Brasil tem o potencial para ser um ator central da governan?a dos limiares planetários, por seu vasto capital ambiental físico. No entanto, o mínimo avan?o da EVBC no país degrada essa capacidade de agência, e o torna uma potência ambiental subdesenvolvida (underachiever environmental power).