Resumo Objetivo: Descrever o caso raro de um paciente que desenvolveu sintomas psicóticos após um acidente vascular cerebral (AVC) no nível do hemisfério direito que remitiram com tratamento antipsicótico, mas parece precisar de uma terapêutica de manuten??o com antipsicótico em baixa dosagem. Descri??o de caso: Um homem de 65 anos apresentou-se no servi?o de urgência psiquiátrica por um quadro persistente de delírio de ciúmes, ilus?es visuais e agita??o com início cerca de 1 mês após AVC isquêmico no nível da artéria cerebral posterior direita. Esses sintomas só desapareceram com doses terapêuticas de antipsicótico (risperidona 3 mg/dia). Após 2 anos de seguimento, o paciente n?o mais apresentava atividade delirante, e o tratamento antipsicótico foi progressivamente descontinuado durante o ano seguinte. No entanto, 1 semana após a suspens?o total, o paciente come?ou a ficar agitado e desconfiado, tendo-se reiniciado a risperidona 0,25 mg/dia, com rápida remiss?o clínica. O paciente está medicado com esta baixa dose de antipsicótico há um ano, permanecendo psicopatologicamente compensado e sem sintomas psicóticos. Comentários: A psicose é uma complica??o relativamente rara após AVC. Segundo nosso conhecimento, n?o há casos descritos até ao momento de psicose após AVC que, aparentemente, requerem uma dose baixa contínua de antipsicótico. Nosso caso sugere que uma terapêutica de manuten??o com antipsicótico em baixa dosagem pode ser necessária para determinados pacientes com psicose após AVC, especialmente para aqueles com fatores de risco e início n?o agudo dos sintomas.
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