OBJETIVO: verificar a associa??o entre sinais ultrassonográficos durante a gesta??o e evolu??es pós-natais em casos de fetos com uropatias obstrutivas bilaterais, acompanhados de forma expectante. MéTODOS: fetos com uropatias obstrutivas bilaterais apresentando oligoamnio grave e tórax estreito foram comparados a fetos com uropatias obstrutivas bilaterais que n?o desenvolveram estas altera??es com rela??o à presen?a ou ausência de cistos em ambos os rins e à presen?a ou ausência de hiperecogenicidade de parênquima em ambos os rins. Casos em que houve óbito do neonato foram comparados com aqueles em que o neonato teve alta do ber?ário em rela??o aos mesmos aspectos ecográficos renais acima citados, à presen?a de oligoamnio grave e de tórax estreito. A sensibilidade, a especificidade, os valores preditivos positivo e negativo da presen?a de cistos renais bilaterais, hiperecogenicidade renal bilateral, oligoamnio grave e tórax fetal estreito para óbito do neonato foram calculados. RESULTADOS: o oligoamnio grave e o tórax estreito foram mais frequentes (p=0,03; p<0,001) nos fetos que tiveram cistos renais bilaterais quando comparados àqueles com parênquimas renais ecograficamente normais. O óbito neonatal foi mais frequente entre os casos que tiveram oligoamnio grave (p<0,001), tórax estreito (p<0,001) e cistos renais bilaterais (p<0,002) quando respectivamente comparados aos casos sem essas altera??es. Os melhores valores de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo para óbito do neonato/lactente foram obtidos com o uso do aspecto ecográfico tórax estreito, tendo sido de 81,8, 100, 100 e 79,3%, respectivamente. CONCLUS?ES: Em casos de fetos com uropatias obstrutivas bilaterais acompanhados de forma expectante, os sinais ultrassonográficos mais associados ao mau prognóstico s?o o oligoamnio grave, o tórax fetal estreito e a presen?a de cistos renais bilaterais.
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