Infec??o pelo vírus linfotrópico de células T humanas e transmiss?o vertical em gestantes de estado da Regi?o Centro-Oeste do Brasil

摘要

OBJETIVOS: avaliar a prevalência, características epidemiológicas (idade e procedência) e a taxa de transmiss?o vertical da infec??o pelo HTLV I/II em gestantes submetidas à triagem pré-natal de acordo com o Programa de Prote??o à Gestante do Estado de Mato Grosso do Sul. MéTODOS: estudo descritivo transversal que incluiu 32.512 gestantes submetidas à triagem pré-natal no período de novembro de 2002 a outubro de 2003. Todas as gestantes da amostra foram submetidas aos testes sorológicos pelo método ELISA para o diagnóstico da infec??o pelo HTLV, sendo os casos positivos confirmados pelos métodos Western blot e/ou PCR. O diagnóstico neonatal de infec??o congênita foi realizado pela pesquisa de anticorpos anti-HTLV I/II confirmados por Western blot e PCR. A rela??o entre as variáveis (idade e procedência) foi avaliada pelo teste do c2, em tabelas de dupla entrada, considerando p<0,05 para rejei??o das hipóteses de nulidade (n?o existência da associa??o entre a idade materna e infec??o pelo HTLV I/II e associa??o entre procedência e positividade para a infec??o pelo HTLV I/II.). RESULTADOS: encontrou-se prevalência de 0,1% de gestantes infectadas pelo HTLV I/II (37) dentre as 32.512 pacientes triadas. A média de idade das gestantes infectadas pelo HTLV foi de 25,4±6,4 anos, sendo que houve predomínio de pacientes procedentes do interior do estado (78,4%). N?o houve associa??o da idade com faixa etária materna e procedência. Apenas 8 (21,6% da amostra) recém-nascidos foram avaliados quanto à presen?a da infec??o congênita pelo HTLV I/II, todos com infec??o congênita confirmada. Apenas 1 recém-nascido (9%) recebeu amamenta??o natural. CONCLUS?ES: a prevalência da infec??o pelo HTLV I/II em gestantes sul-matogrossenses foi menor que os valores encontrados em estudos com gestantes de países endêmicos. No entanto, esteve próximo às taxas encontradas em países considerados n?o endêmicos e em alguns estudos brasileiros. A transmiss?o vertical ocorreu em 100% da amostra avaliada, mesmo a amamenta??o sendo proscrita. Verificou-se a necessidade de aprimorar o seguimento das gestantes e seus recém-nascidos no estado, uma vez que a minoria dos recém-nascidos foram investigados quanto à ocorrência de transmiss?o vertical do HTLV.