Avalia??o das complica??es da esofagectomia de resgate na terapêutica cirúrgica do cancer de es?fago avan?ado

摘要

RACIONAL: Apesar das inúmeras op??es terapêuticas, o prognóstico da neoplasia maligna de es?fago continua sombrio. Devido à baixa taxa de cura da esofagectomia, foram desenvolvidas novas propostas de tratamento como a quimioterapia e radioterapia isoladas ou associadas, concomitante ou n?o à cirurgia, além da quimiorradia??o exclusiva. A esofagectomia de regaste surge como op??o terapêutica para aqueles pacientes com recorrência ou persistência da doen?a após tratamento clínico. OBJETIVO: Avaliar os resultados da esofagectomia de resgate em pacientes com cancer de es?fago submetidos previamente à quimiorradia??o exclusiva, assim como descrever as complica??es locais e sistêmicas. MéTODO: Foram analisados retrospectivamente 18 pacientes com diagnóstico inicial de carcinoma epidermóide de es?fago irressecável, submetidos previamente à quimiorradioterapia. Após o tratamento oncológico eles foram examinados quanto às suas condi??es clínicas pré-operatórias. Foi realizada a esofagectomia por toracotomia direita e reconstru??o do transito digestivo por cervicolaparotomia. Os mesmos foram avaliados no período pós-operatório tanto em rela??o às complica??es locais e sistêmicas como em rela??o à qualidade de vida. RESULTADOS: As complica??es foram frequentes, sendo que cinco pacientes desenvolveram fístula por deiscência da anastomose. Quatro desses evoluíram de maneira satisfatória. Cinco também apresentaram estenose esofagogástrica cervical, mas responderam bem à dilata??o endoscópica. Infec??o pulmonar foi outra complica??o observada e presente em sete pacientes, sendo inclusive causa de óbito em dois deles. Dentre os em que se conseguiu realizar seguimento com tempo médio de 5,6 anos, 53,8% est?o vivos sem doen?a. CONCLUS?ES: Existe elevada morbidade da esofagectomia de regaste principalmente após longo espa?o de tempo entre quimiorradia??o e a cirurgia, propiciando maior dano tecidual e predisposi??o à forma??o de fistulas anastomóticas. No entanto, os resultados se mostram favoráveis àqueles que n?o possuem mais op??es terapêuticas.