Aspectos epidemiológicos, manifesta??es clínicas e preven??o da tuberculose pediátrica sob a perspectiva da Estratégia End TB

摘要

RESUMO A tuberculose continua sendo uma prioridade de saúde pública em muitos países. Em 2015, a tuberculose matou 1,4 milh?o de pessoas, incluindo 210.000 crian?as. Apesar dos recentes progressos no controle da tuberculose no nosso país, o Brasil ainda é um dos países com maior carga de tuberculose. Em 2015, houve 69.000 casos de tuberculose notificados no Brasil e a tuberculose foi a causa de 4.500 mortes no país. Em 2014, a Organiza??o Mundial da Saúde aprovou a Estratégia End TB, que estabeleceu 2035 como data-alvo para atingir suas metas de redu??o da incidência de tuberculose em 90% e do número de mortes por tuberculose em 95%. No entanto, para alcan?ar essas metas no Brasil, há a necessidade de colabora??o entre os diversos setores envolvidos no controle da tuberculose e de prioriza??o de atividades, incluindo medidas de controle voltadas às popula??es mais vulneráveis. As crian?as s?o altamente vulneráveis à tuberculose, e há particularidades específicas dos pacientes pediátricos quanto ao desenvolvimento da tuberculose (rápida progress?o da infec??o para a doen?a ativa), preven??o (baixa eficácia da vacina??o contra as formas pulmonares e disponibilidade limitada de tratamento preventivo da infec??o tuberculosa latente), diagnóstico (baixa taxa de diagnóstico confirmado bacteriologicamente); e tratamento (pouca disponibilidade de fármacos antituberculose próprios para crian?as). Nesta revis?o, discutimos a epidemiologia, as manifesta??es clínicas e a preven??o da tuberculose na infancia e adolescência, destacando as peculiaridades da tuberculose ativa e latente nessas faixas etárias, a fim de promover a reflex?o sobre novas abordagens para o manejo da tuberculose pediátrica no àmbito da Estratégia End TB.