S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crian?as sadias e com pneumonia: taxa de coloniza??o e suscetibilidade aos antimicrobianos

摘要

Objetivos: comparar as taxas de coloniza??o e a resistência antimicrobiana de pneumococos em nasofaringe de crian?as sadias e com pneumonia. Métodos: estudo de tipo transversal. As crian?as sadias foram recrutadas em centros de vacina??o (CV) e creches públicas (CP), selecionados aleatoriamente, e aquelas com pneumonia em emergências pediátricas. Foram utilizados swabs flexíveis de alginato para a colheita do material de nasofaringe. O isolamento e a identifica??o dos pneumococos seguiram procedimentos padronizados. As concentra??es inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas por microdilui??o em placas. Resultados: foram estudadas 911 crian?as, 429 sadias (60% portadoras de pneumococo, sendo 72% destas recrutadas em CP e 49% em CV) e 482 com pneumonia (50% de portadoras) (p=0,002). De 441 isolados com CIM determinadas, 198 (45%) apresentavam resistência intermediária, e 16 (4%) apresentavam resistência plena à penicilina. As taxas de resistência dos pneumococos isolados de portadores sadios e com pneumonia, respectivamente, foram: penicilina 48% (CV 37% e CP 55%) e 50% (p>0,05); eritromicina: 28% e 19% (p=0,05); cotrimoxazol 81% e 76% (p>0,05); cloranfenicol 6% e 7% (p>0,05), rifampicina 5% e 3% (p>0,05), ceftriaxone 2 e 4% (p>0,05) e vancomicina 0%, para ambos grupos. Foi constatada associa??o entre as resistências do pneumococo à penicilina, eritromicina e ao cotrimoxazol. Conclus?es: a taxa de portador de pneumococos foi maior em crian?as sadias do que naquelas com pneumonia. As resistências dos pneumococos à penicilina e ao cotrimoxazol foram elevadas, sobretudo entre os usuários de creches públicas.