The Role of Monkeys, Mosquitoes, and Humans in the Occurrence of a Yellow Fever Outbreak in a Fragmented Landscape in South Brazil: Protecting Howler Monkeys is a Matter of Public Health

摘要

A recent (2008–2009) outbreak of sylvatic yellow fever caused the death of seven people and over 2,000 howler monkeys (black-and-gold, Alouatta caraya, and brown, A. guariba clamitans) in the state of Rio Grande do Sul, Brazil, spreading panic among the population. The fear of the disease and the misinformation about its relationship with howler monkeys led inhabitants of several regions to exterminate these primates from the forests near their homes. In this paper we describe the theoretical background supporting the idea that howler monkeys play an important role in fighting yellow fever via the surveillance of virus circulation and stress that they are not responsible for the re-emergence of this African infectious disease, its transmission, or its fast spread through the highly fragmented landscape of the state of Rio Grande do Sul. We also describe how this scientific information has been used in the campaign “Protect our Guardian Angels” that was launched to inform the public and the media about the actual relationship of these regionally threatened species to the disease. The campaign is run and supported by educational, scientific, governmental (health-and environment-related) and religious institutions, and NGOs, an alliance in favor of biodiversity conservation and public health that has been effective in changing the quality of the news media, but that still requires a great effort to achieve the necessary level of population awareness. Um surto recente (2008–2009) de febre amarela silvestre causou a morte de sete pessoas e mais de 2000 bugios (pretos, Alouatta caraya, e ruivos, A. guariba clamitans) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, espalhando panico na popula??o. O medo da doen?a e a desinforma??o acerca de sua rela??o com os bugios levaram habitantes de várias regi?es do Estado a exterminar os macacos das matas próximas às suas casas. Nesse trabalho descrevemos a base teórica que permite afirmar que os bugios desempenham um papel importante no combate à febre amarela através da vigilancia da circula??o do vírus e salientar que eles n?o s?o responsáveis pela reemergěncia dessa doen?a infecciosa africana, sua transmiss?o ou seu rápido avan?o na paisagem altamente fragmentada do Estado do Rio Grande do Sul. Também descrevemos como essa informa??o científica está sendo utilizada na campanha “Proteja seu Anjo da Guarda”, lan?ada com o intuito de informar a popula??o e a mídia sobre a real rela??o entre esses primatas amea?ados de extin??o em nível estadual e a doen?a. A campanha é conduzida e apoiada por institui??es educacionais, científicas, governamentais (relacionadas à saúde e à prote??o ambiental) e religiosas e por ONGs. Essa alian?a em prol da conserva??o da biodiversidade e da saúde pública foi eficiente na mudan?a da qualidade da informa??o divulgada pela mídia, mas ainda requer um grande esfor?o para atingir o nível necessário de conscientiza??o da popula??o.