Foram pré-compostados, em células individuais e isoladas, cinco cadáveres de bovinos acometidos pelo botulismo com a finalidade de monitorar a presen?a de esporos de Clostridium botulinum e de toxina botulínica antes e após o processo de decomposi??o em leira estática com fonte de carbono. O diagnóstico da intoxica??o nos animais foi baseado nas características clínico-patológicas, epidemiológicas ou laboratoriais. Dos cinco bovinos com evolu??o clínica cr?nica de botulismo, cujos cadáveres foram pré-compostados, três foram acometidos pela toxina tipo D, um pelo complexo CD e um dos animais foi negativo na tentativa de detec??o da toxina e de esporos da bactéria nas vísceras pelo bioensaio e neutraliza??o em camundongo. O processo de pré-compostagem foi realizado em leira estática, com o uso de material carbonáceo umidificado como substrato e esquartejamento do animal, vedado individualmente com lona plástica e sem aera??o por um período de 50 dias. A temperatura das leiras foi monitorada durante o período e oscilou de 40,5-52,4oC. Após a abertura das leiras, p?de-se constatar a completa decomposi??o de todo material mole, com redu??o significativa do seu peso (de 26,5-44,5%), restando apenas os ossos. N?o foi detectado esporo ou toxina botulínica no interior dos ossos (n=5 para cada cadáver). Nas 200 amostras examinadas do homogeneizado restante (n=40 para cada cadáver), em apenas duas amostras de uma leira foram detectados esporos de C. botulinum tipo C, enquanto que todas foram negativas para a tentativa de detec??o da toxina botulínica pelo bioensaio em camundongo. Da forma como foi avaliado o processo de pré-compostagem de bovinos mortos pela intoxica??o botulínica n?o contribuiu para a prolifera??o de C. botulinum.
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