Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, de abordagem qualitativa, realizada com doze integrantes do Coletivo Nacional de Saúde do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O estudo busca identificar a concep??o dos membros do Coletivo Nacional de Saúde do MST sobre a participa??o no controle social do SUS e discutir as estratégias adotadas nessa dire??o. A análise dos dados revelou que a participa??o nas esferas instituídas de controle social do SUS n?o constitui a prioridade desse Coletivo, pois fazer o controle social do SUS significa, sobretudo, fazer a luta política por meio de estratégias de ocupa??o, de mobiliza??es e de marchas. Revelou ainda uma contradi??o relativa à participa??o nos Conselhos de Saúde, visto que os entrevistados apresentam uma significativa descren?a nesses espa?os, embora defendam a necessidade de inser??o do MST nas instancias de controle social estabelecidas. Ademais, a concep??o de Estado também emergiu como uma categoria de análise e foram identificadas duas vertentes teóricas que parecem influenciar na determina??o das estratégias de controle social priorizadas. A pesquisa revela que a participa??o do MST no controle social do SUS ainda constitui uma quest?o a ser aprofundada no interior do movimento e indica que há necessidade de promo??o de debates entre o conjunto do MST, a sociedade civil e a sociedade política sobre o modelo atual de controle social, com intuito de identificar e construir coletivamente mecanismos de atua??o que realmente fortale?am a participa??o social na gest?o do SUS e contribuam para a consolida??o do direito à saúde.
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