As cooperativas agropecuárias brasileiras geralmente s?o organiza??es complexas e de propriedade difusa. Entretanto, 48% dessas organiza??es n?o promovem a desvincula??o dos proprietários das decis?es de gest?o, contrariando o que é estabelecido pelo preceito teórico dominante para empresas - cooperativas e n?o cooperativas - similares. Diante desse desalinhamento, neste artigo investigaram-se os possíveis determinantes da separa??o entre propriedade e gest?o nessas organiza??es. Na medida em que o processo de separa??o compreende diferentes rela??es de agência, foram utilizados respectivamente os modelos logit e tobit para estudar o que determina a delega??o do direito de controle formal pelos proprietários ao conselho de administra??o e a divis?o do processo decisório entre os membros do conselho e o executivo responsável pela gest?o. Dentre os resultados encontrados, destaca-se o fato de complexidade e propriedade difusa n?o terem se mostrado relevantes para explicar a separa??o entre propriedade e gest?o, diferentemente do que ocorre em sociedades an?nimas. Em contrapartida, características do conselho de administra??o (tamanho, aloca??o de autoridade formal, limites à reelei??o, reputa??o e esfor?o) têm importante papel na determina??o da ocorrência de separa??o. Por tratar-se do primeiro trabalho a abordar o problema do controle em cooperativas agropecuárias, novas pesquisas empíricas s?o desejáveis.
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