Com o advento do processo de convergência da contabilidade pública brasileira aos padr?es contábeis internacionais, os bens de uso comum devem ser incorporados ao patrim?nio das entidades públicas responsáveis pela sua administra??o e controle, entre eles os ativos culturais (heritage assets). Em raz?o da natureza única que quase sempre cerca o registro desses valores, o presente estudo tem como objetivo identificar as práticas contábeis adotadas por cidades históricas no reconhecimento, mensura??o e evidencia??o dos ativos culturais no ambito do Setor Público. Para tratar a quest?o da pesquisa, foram realizados estudos nas cidades históricas de Pirenópolis e Goiás, situadas no Estado de Goiás, a partir da análise das contas do Ativo Permanente dos Balan?os Patrimoniais relativos aos exercícios de 2013 e 2014, e efetuada uma entrevista com o diretor responsável pela Diretoria de Planejamento e Implementa??o de Sistemas do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás – TCMGO, entidade fiscalizadora desses Municípios. Os achados do estudo mostram que apesar de as duas cidades possuírem importantes obras como patrim?nio histórico e artístico, tendo bens tombados há mais de meio século, e de essas obras tombadas atenderem aos critérios de reconhecimento, mensura??o e evidencia??o de ativos segundo a Teoria da Contabilidade, n?o há evidências de ativos culturais contabilizados. Entre as principais dificuldades está a falta de pessoal qualificado nas Prefeituras para a realiza??o dos levantamentos e avalia??es que ser?o necessários.
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