Foi realizado estudo com base nos dados de uma pesquisa que analisou 550 mortes de crian?as menores de 15 anos, residentes no Município de S?o Paulo, SP (Brasil), e ocorridas em 1985 por todos os tipos de acidentes e violências. Objetivou-se comparar entre si as informa??es existentes no Instituto de Medicina Legal (IML) e as constantes da Funda??o Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), responsável pelas estatísticas oficiais em S?o Paulo, com a opini?o do investigador - formada com base em toda a informa??o adicional possível, de modo a: analisar a fidedignidade das estatísticas oficiais quanto à causa básica da morte; e conhecer a possível deficiência da transcri??o das informa??es do IML para a Funda??o SEADE, quanto à mesma causa. Os resultados permitiram mostrar que: a informa??o existente no IML esteve bastante próxima da opini?o do investigador (71,54%) quando se trabalhou em nível de categoria da Classifica??o Internacional de Doen?as (CID-9), chegando a 84,77% quando se considerou o nível de agrupamento; as estatísiticas oficiais, em rela??o à opini?o do investigador, s?o mais fidedignas quando analisadas em nível de agrupamento do que de 3° dígito (respectivamente 67,13% e 24,05% de concordancia); a compara??o entre o IML e a Funda??o SEADE mostrou que, relativamente às categorias da CID-9, só existe 40% de concordancia; dado que se eleva a 75% quando os agrupamentos s?o analisados. Esses valores comprovam a hipótese formulada de que o IML, embora possua um arquivo com informa??es pormenorizadas, n?o as transfere à Funda??o SEADE, diminuindo assim a fidedignidade das estatísticas oficiais, à medida que se detalhe cada causa de morte. Sugere-se um maior entrosamento entre essas Institui??es para que estatísticas de melhor qualidade, relativamente às causas externas de morte, venham a ser produzidas.
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