Agricultura familiar, extrativismo e sustentabilidade: o caso dos 'samambaieiros' do litoral norte do Rio Grande do Sul

摘要

O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a sustentabilidade dos agricultores extrativistas da regi?o da Encosta Atlantica do Rio Grande do Sul. O extrativismo em quest?o é de uma espécie conhecida popularmente como samambaia-preta [Rumohra adiantiformis (G.Forest.) Ching]. Estima-se que 3 mil famílias da regi?o têm nesta atividade, n?o-regulamentada por lei, sua principal fonte de renda. O grau de sustentabilidade dos agricultores foi estimado através da ado??o de informa??es relativas às dimens?es ambiental, social e econ?mica e aos critérios de produtividade, estabilidade, equidade, resiliência e autonomia. A análise focou-se na compara??o entre os índices Relativos das Dimens?es (IRD), dos Critérios (IRC) e de Sustentabilidade (IRS) de cada tipo de sistema de produ??o. Os resultados apontaram para a existência de 4 tipos de sistemas de produ??o, sendo 3 deles abrangidos nessa pesquisa. Os sistemas de produ??o dos tipos 1 e 2 se caracterizam pela baixa disponibilidade de meios de produ??o e por uma grande dependência de rendas n?o-agrícolas e do extrativismo. O sistema de produ??o do tipo 3 é caracterizado pela prática de agricultura de subsistência e de atividades agrícolas de cunho comercial, sem depender muito da prática extrativista. Os indicadores de sustentabilidade apontaram que o sistema de produ??o do tipo 3 se mostrou o mais sustentável, seguido pelo tipo 2 e, por último, pelo tipo 1.