Resumo ObjetivoAvaliar os resultados e as complica??es do tratamento cirúrgico da síndrome do túnel do carpo (STC) por via aberta, com o emprego da técnica anestésica local com uma solu??o composta por lidocaína, epinefrina e bicarbonato de sódio.Materiais e métodosEstudo de coorte, por meio da avalia??o dos prontuários de 16 pacientes submetidos a cirurgia aberta para STC com emprego de anestesia local com 20?mL de lidocaína 1%, adrenalina 1:100.000 e 2?mL de bicarbonato de sódio. Avalia??o do escore DASH no pré e pós‐operatório de seis meses e compara??o da intensidade da dor durante o ato anestésico, durante a cirurgia e em rela??o a outros tipos de procedimentos.ResultadosO escore DASH melhorou de 65,17 para 16,53 no pós‐operatório de seis meses (p?Conclus?oO emprego de anestesia local para o tratamento cirúrgico da síndrome do túnel do carpo é eficaz para o procedimento e para o resultado final. Abstract ObjectiveTo evaluate the results and complications from surgical treatment of carpal tunnel syndrome by means of an open route, using a local anesthesia technique comprising use of a solution of lidocaine, epinephrine and sodium bicarbonate.Material and methodsThis was a cohort study conducted through evaluating the medical files of 16 patients who underwent open surgery to treat carpal tunnel syndrome, with use of local anesthesia consisting of 20?mL of 1% lidocaine, adrenaline at 1:100,000 and 2?mL of sodium bicarbonate. The DASH scores before the operation and six months after the operation were evaluated. Comparisons were made regarding the intensity of pain at the time of applying the anesthetic and during the surgical procedure, and in relation to other types of procedure.ResultsThe DASH score improved from 65.17 to 16.53 six months after the operation (p?ConclusionUse of local anesthesia for surgically treating carpal tunnel syndrome is effective for performing the procedure and for the final result. Palavras‐chave Síndrome do túnel do carpo ; Anestesia local ; Epinefrina Keywords Carpal tunnel syndrome ; Local anesthesia ; Epinephrine prs.rt("abs_end"); Introdu??o A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma das doen?as mais frequentemente tratadas pelos ortopedistas e especialistas em cirurgi?o da m?o e é considerada a neuropatia compressiva periférica mais comum. 1 and 2 Essa condi??o é responsável por substanciais custos anuais à sociedade, tanto em termos de perda de produtividade do paciente quanto em rela??o aos custos diretos do tratamento. Em muitos casos o tratamento conservador é ineficaz e há a necessidade de tratamento cirúrgico. 3 A educa??o médica tradicional contraindica o uso de adrenalina em bloqueios anestésicos nas extremidades dos membros e esse conceito continua a ser ensinado nas escolas médicas e em livros textos tradicionais de clínica cirúrgica. Alguns estudos relatam a falta de consenso entre os cirurgi?es da m?o sobre o uso ou n?o de adrenalina nas extremidades. 4 , 5 and 6 O aumento dos gastos com tratamento médico é crescente. Diante desse fato há uma imensa preocupa??o com o financiamento e a procura por solu??es opcionais. 7 , 8 and 9 Acreditamos que o tratamento proposto ao paciente deve ser o mais efetivo em termos de resultado funcional e estético, bem como ter o menor gasto possível, motivo pelo qual nos encantou a técnica empregada por Lalonde para o tratamento cirúrgico da STC. 10 , 11 and 12 O objetivo deste estudo é avaliar os resultados e as complica??es do tratamento cirúrgico da STC por via aberta com o uso de anestesia local, composta por lidocaína, epinefrina e bicarbonato, conforme descrito por Lalonde et al. 10 Materiais e métodos Foram selecionados para a pesquisa 16 pacientes portadores da STC, com diagnóstico clínico (testes de Durkan e Phalen positivos) e eletroneuromiográfico. Todos os pacientes aceitaram a participa??o no trabalho e assinaram o termo de consentimento para a pesquisa. Os pacientes foram anestesiados e operados pela técnica descrita por Lalonde, denominada Hole‐in‐one carpal tunnel surgery . Foi usado o sistema de hospital‐dia, com alta logo após o procedimento cirúrgico e nenhum exame pré‐operatório foi solicitado. A técnica tem como objetivo a libera??o longitudinal do ligamento transverso do carpo por via aberta, com um acesso de cerca de 3 cm sobre a regi?o do túnel do carpo (zona 4 flexora), com apenas anestesia local, sem seda??o ou medica??o concomitante e sem garrote. A ideia é que o paciente sinta apenas a primeira picada da agulha, n?o deve sentir mais dor ou desconforto após esse momento. Faz‐se a infus?o de 22?mL de uma solu??o anestésica, com uma seringa de 20?mL (essa seringa comporta 22?mL) e uma agulha 30?×?0,7?mm. Num primeiro momento infiltra‐se cerca de 3 a 4?mL na regi?o subdérmica da por??o distal do antebra?o, entre os trajetos dos nervos mediano e ulnar, 8?mL no plano subfascial da por??o distal do antebra?o e os 10?mL restantes no plano su
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