Há controvérsias se os extremos da idade reprodutiva feminina agregam o maior conjunto de fatores associados à mortalidade infantil, e se para filhos de m?es abaixo dos 20 anos e a partir dos 35 anos de idade há evidências de maiores chances de ocorrência do óbito infantil. Para as m?es adolescentes, há um importante debate se os resultados obstétricos adversos alcan?ados devem-se à imaturidade biológica, às condi??es socioecon?micas desfavoráveis, ou se há nulidade do efeito da jovem idade sobre as chances de ocorrência da mortalidade infantil. Para m?es em idades avan?adas, discute-se se o aumento na idade materna, a despeito dos avan?os no campo da medicina, está associado ao crescimento da vulnerabilidade ao óbito infantil, se as melhores condi??es socioecon?micas atenuam o efeito das comorbidades maternas comuns à idade de 35 anos ou mais, ou ainda se a maternidade tardia n?o exerce qualquer efeito sobre a ocorrência da mortalidade infantil. Com base em evidências contrastantes acerca das chances de ocorrência da mortalidade infantil por idade materna, este trabalho objetiva apresentar e discutir os principais argumentos evocados pela literatura. No caso das maternidades precoce e tardia, há evidências que corroboram ambas as hipóteses da plausibilidade biológica e socioecon?mica e da nulidade do efeito da idade materna. A variedade de metodologias empregadas para o estudo da associa??o entre idade da m?e ao ter o filho e a mortalidade infantil, além da n?o uniformidade na defini??o dos grupos etários entre os diversos estudos, dificulta uma identifica??o mais precisa acerca desta vulnerabilidade.
展开▼