O tratamento cirúrgico convencional da estenose aórtica supravalvar caracteriza-se pela amplia??o de um ou mais seios de Valsalva, utilizando-se retalhos de material protético, com ou sem sec??o transversal da aorta. Uma possível limita??o dos resultados deste procedimento é o fato do endurecimento ou calcifica??o do enxerto, dificultando o desenvolvimento da raiz da aorta, mormente quando a cirurgia é realizada em cria?as. Para evitar essa complica??o, desenvolvemos uma modifica??o técnica que, efetivamente, amplia o diametro da raiz da aorta, sem o uso de material profético, aproveitando apenas o tecido sadio da parede da aorta ascendente, para reconstruir e ampliar os seios de Vasalva. Com esta técnica foram operados 4 pacientes com diagnósticos clínico e hemodinamico de estenose aórtica supravalvar, com os seguintes dados clínicos: idades, 1 ano e 11 meses, 3 anos e 9 meses, 15 e 38 anos, sexo masculino três casos, peso corporal de 10, 12, 27 e 56 kg. Dois pacientes tinham dispnéia, um palpita??es freqüentes e outro era assintomático. Os gradientes entre a cavidade livre do ventrículo esquerdo e aorta ascendente eram de 50, 70, 100 e 100 mmHg. Os pacientes foram operados com o auxílio da circula??o extracorpórea, de hipotermia moderada e emprego de cardioplegia cristalóide. A aorta ascendente foi dissecada em toda sua extens?o, preferindo-se canutar a artéria femoral para o retorno arterial, a fim de liberar a aorta ascendente para o procedimento. Após transec??o total da aorta e ressec??o do tecido fibrótico estenosante, foram feitas incis?es na borda livre até o fundo dos seios de Valsalva. Foram realizadas incis?es longitudinais na por??o distai da aorta, nas regi?es correspondentes aos postes comissurais da valva aórtica, de tal forma que, durante a reconstru??o por sutura direta, um segmento da parede aórtica ficasse ampliando um seio de Valsalva, obtendo-se, assim, uma raiz de aorta de aspecto anat?mico e dimens?es normais. Todos os casos, tiveram evolu??o favorável. Atualmente, com um período de pós-operatório de até seis meses, est?o assintomáticos
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