Avalia??o espectrofotométrica do azul de Evans na rea??o inflamatória da córnea: estudo experimental em coelhos

摘要

OBJETIVO: Constatar a presen?a do azul de Evans na córnea normal estipulando o período de tempo de concentra??o máxima do corante após inocula??o endovenosa e estudar a permeabilidade vascular em modelo animal da inflama??o corneal induzida por queimadura química por meio de inje??o de azul de Evans. MéTODOS: Cinquenta coelhos foram divididos em 3 grupos: Grupo I (25 animais): injetou-se 20 mg/kg de azul de Evans e os animais foram sacrificados após 8, 10, 12, 14 e 16 horas. Retirou-se a córnea e quantificou-se o corante por meio de micrométodo espectrofotométrico. Grupo II: em 15 animais injetou-se o corante e, após 10 horas, fragmentou-se centralmente o tecido com trépanos de 6, 8 e 10 mm. Procedeu-se à extra??o do azul de Evans da mesma forma que no grupo I. Grupo III: induziu-se queimadura na córnea do olho direito de 10 animais com NaOH a 1 N. Cinco dias após o procedimento, os animais foram sacrificados, sendo que, 10 horas antes do sacrifício, foi inoculado o azul de Evans para que posteriormente se pudesse quantificá-lo. A córnea esquerda serviu como controle. RESULTADOS: No grupo I, a média da concentra??o do azul de Evans às 10 h. foi de 15,28 ± 0,09 mg/mg. No grupo II, as médias das concentra??es do corante foram: 6 mm: 0,93 ± 0,01mg/mg; 8 mm: 1,20 ± 0,06 mg/mg; 10 mm: 1,32 ± 0,05 mg/mg. No grupo III, as médias das concentra??es do azul de Evans foram: olho direito (queimadura): 23,74 ± 2,64 mg/mg e olho esquerdo (controle): 16,71 ± 2,04 mg/mg. CONCLUS?ES: Quantificou-se o azul de Evans pela primeira vez na córnea de coelhos e constatou-se que, após 10 horas de inocula??o endovenosa, o corante atingiu seu pico de concentra??o no tecido. Concluiu-se que o azul de Evans serve como bom método de quantifica??o da permeabilidade vascular alterada na córnea de coelhos.