OBJETIVO: Analisar as mudan?as de notas de avalia??o por meio da biomicroscopia e microscopia eletr?nica de córneas doadas, e desta forma assegurar córnea doadora de padr?o satisfatório ao paciente. MéTODOS: Foram avaliadas prospectivamente 203 córneas entre setembro de 2002 e fevereiro de 2003, doadas ao Banco de Olhos de Sorocaba. A avalia??o constava de gradua??o de 0 a 3 que variava mediante os seguintes fatores: exposi??o e defeito epitelial, opacidade e infiltrado estromal, dobras ou estrias de Descemet, pleomorfismo, polimegatismo e guttata, "endothelial snail track", edema, refletividade. Os dados encontrados foram correlacionados com o intervalo entre óbito e preserva??o, contagem de células endoteliais e idade dos doadores. RESULTADOS: Duzentos e três córneas foram avaliadas. A idade média dos doadores foi de 55 anos (dp=14,8 anos). O tempo médio do óbito à preserva??o foi de 9,1 h (mínimo de 2 horas e máximo de 25 horas). Oitenta e seis córneas sofreram pioras de avalia??o, sendo que 66,3% delas tinham até 2.500 células endoteliais e 59,3% delas tinham tempo superior a 6 horas entre o óbito e a preserva??o. O dia da mudan?a teve por mediana 5. CONCLUS?ES: Córneas de doadores mais jovens possuem significativamente avalia??es melhores que doadores mais velhos. O tempo médio de mudan?a de avalia??o foi com 5 dias em 50% das córneas, entretanto, expressiva parcela de córneas apresentou altera??o nos dias 6o, 7o e 8o. Córneas preservadas após 6 horas do óbito têm maior tendência à perda de células e redu??o dos índices de avalia??o.
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