Redu??o no Consumo de Oxigênio Pico Pós Maratona: Sinal de Fadiga Cardíaca em Corredores Amadores?

摘要

Resumo Fundamento: O exercício aeróbico prolongado, como correr uma maratona, produz um estresse suprafisiológico que pode ter impacto na homeostase do atleta. Algum grau de disfun??o miocárdica transitória ("fadiga cardíaca") pode ser observado ao longo de vários dias após a prova. Objetivos: Verificar se ocorrem altera??es na capacidade cardiopulmonar, no inotropismo e no lusitropismo cardíaco de maratonistas amadores após a realiza??o de uma maratona. Métodos: A amostra foi composta por 6 corredores amadores masculinos. Todos realizaram teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) uma semana antes da Maratona de S?o Paulo e 3 a 4 dias após a mesma. Realizaram ecocardiograma 24 horas antes e imediatamente após a prova. Todos foram orientados a n?o se exercitar, manter dieta regular, ingerir a mesma quantidade habitual de líquidos e descansar pelo menos 8 horas ao dia no período anterior ao TCPE. Resultados: Os atletas completaram a maratona em 221,5 (207; 250) minutos. No TCPE pós-maratona, ocorreu redu??o significativa no consumo de oxigênio e no pulso de oxigênio de pico em rela??o àqueles obtidos antes da prova (50,75 e 46,35 ml.kg-1.min-1; 19,4 e 18,1 ml.btm, respectivamente). Ao ecocardiograma, encontramos redu??o significativa na onda s' (marcador do inotropismo). A rela??o E/e' n?o apresentou altera??o significativa após a maratona (marcador do lusitropismo). Conclus?es: Em atletas amadores, a maratona parece promover altera??es na capacidade cardiopulmonar identificadas pelo menos em até 4 dias após a prova, com redu??o na contratilidade e, portanto, no inotropismo cardíaco. Tais modifica??es sugerem que algum grau de "fadiga cardíaca" possa ocorrer.