FUNDAMENTO: Otimiza??o da veia safena na revasculariza??o miocárdica. OBJETIVO: Apresentar a técnica no-touch de preparo da veia safena. Essa técnica consiste na retirada da veia safena do seu leito, com um pedículo de tecido adiposo, protegendo-a contra espasmos, sendo desnecessário distendê-la. MéTODOS: Estudo prospectivo e randomizado, incluindo 156 pacientes submetidos a cirurgia de revasculariza??o miocárdica. Compara??o da técnica no-touch com duas outras técnicas: convencional e intermediária. Procedeu-se à avalia??o da morfologia endotelial, utilizando a microscopia. A perviabilidade das pontes foi determinada com exame angiográfico num período médio de 18 meses após a opera??o. A enzima óxido nítrico sintetase endotelial (eNOS) foi identificada por meio do estudo imunohistoquímico. RESULTADOS: A avalia??o morfológica mostrou integridade endotelial de 97% nas veias do grupo no-touch; enquanto quase metade da superfície endotelial das veias tratadas pelas outras técnicas exibiu ausência de células endoteliais. A angiografia revelou perviabilidade de 95,4% para as pontes do grupo no-touch, 88,9 e 86,2% para as pontes do grupo convencional e intermediária, respectivamente. O estudo imunohistoquímico revelou a presen?a da eNOS nas três camadas que comp?em a parede da veia no grupo no-touch e redu??o dessa enzima no grupo convencional. CONCLUS?O: A integridade endotelial e a atividade da eNOS foram melhor preservadas com o uso da técnica no-touch. A prote??o mecanica fornecida pelo tecido gorduroso circundante à veia e a atividade vasodilatadora e bloqueadora da agrega??o plaquetária causada pelo óxido nítrico podem ser responsáveis pela prote??o da veia contra o espasmo, como também por sua alta perviabilidade imediata.
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