Inflama??o orbital n?o-específica apresenta diversas formas clínicas. O envolvimento do segmento posterior do olho, geralmente, por contigüidade pode trazer sérios danos à fun??o visual. A esclerite posterior, em geral, acarreta prejuízo permanente da vis?o e raramente evolui com glaucoma agudo. RELATO DO CASO: E.N., 24 anos, masculino, negro apresentando queixa de dor em OE há dez dias, acompanhada de diminui??o da acuidade visual, mal-estar geral, náuseas e v?mitos. Ao exame oftalmológico apresentava proptose, restri??o da movimenta??o e edema na pálpebra superior de OE. AV c/c: 20/20 e CD 1,5m. à biomicroscopia, apresentava em OE hiperemia conjuntival, córnea com precipitados endoteliais, camara anterior rasa, células e " flare" na camara anterior 2+. Press?o intra-ocular (Po) de 14 mmHg em OD e 34 mmHg em OE. A gonioscopia em OE evidenciava angulo fechado 360o, n?o se visualizando linha de Schwalbe. O mapeamento de retina revelava aumento da tortuosidade vascular e edema do pólo posterior. O tratamento para o glaucoma agudo foi instituído, ainda em ambiente hospitalar, e solicitados exames complementares. O exame de ultra-som ocular e TC de órbita revelaram espessamento difuso da parede ocular e da musculatura extrínseca ocular. Os demais exames apresentaram-se dentro da normalidade. A hipótese diagnóstica foi de inflama??o orbitária anterior n?o-específica aguda com envolvimento do segmento posterior do globo ocular, complicado por glaucoma agudo. Instituiu-se tratamento com prednisona 60 mg/dia via oral. Após duas semanas do início da corticoterapia sistêmica, apresentava-se assintomático com nítida regress?o da proptose, do quadro de esclerite e normaliza??o da Po (11mmHg em AO). O presente caso, apesar de pouco freqüente, mostra que o glaucoma agudo pode estar presente em um quadro inflamatório orbitário e deve ser tratado com corticoterapia sistêmica, além da medica??o tópica.
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