O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos da laminectomia dorsal do tipo Funkquist A em c?es normais. A técnica realizada consistiu em abordagem dorsal à coluna vertebral; remo??o (com ou sem a ajuda da eleva??o dos corpos vertebrais) das laminas dorsais de T13 e L1; manuten??o do ligamento supra-espinhal; coloca??o de gordura subcutanea como coxim supramedular; sutura da fáscia toracolombar, subcutaneo e pele; e bandagem compressiva por sete dias. Quarenta e oito horas após a cirurgia, todos os 10 c?es submetidos a essa técnica exibiram perda das rea??es posturais e paresia de moderada a grave nos membros pélvicos. Hipoalgesia foi constatada em cinco deles. Tentando descobrir as causas, foram realizados estudos histológicos de medulas espinhais, coletadas 4 e 48 horas após a realiza??o da laminectomia, porém com modifica??es como: n?o eleva??o dos corpos vertebrais durante a cirurgia e preven??o de qualquer tipo de compress?o medular após a laminectomia. Analisando esses resultados, foi possível concluir que as disfun??es neurológicas decorreram de les?es medulares ocasionadas possivelmente por: eleva??es dos corpos vertebrais durante a laminectomia, danifica??o de vasos espinhais, desestabiliza??o da coluna vertebral e uma somatória de for?as compressivas atuantes sobre a medula espinhal desprotegida. Na necropsia de cinco c?es, acompanhados por quarenta e cinco dias, foi possível constatar: a permanência do ligamento supra-espinhal; que o enxerto de gordura n?o evita a penetra??o do tecido fibroso no canal vertebral nem sua aderência à dura- máter; notório (P< 0.01) achatamento do canal vertebral e deforma??o das medulas espinhais. Com base nos resultados, aconselha-se n?o realizar esses procedimentos cirúrgicos em c?es acometidos de afe??es medulares na jun??o toracolombar. A manuten??o do ligamento supra-espinhal n?o perturba a realiza??o da laminectomia, minimiza a ocorrência de defeitos estéticos na linha média dorsal e pode participar da compress?o medular no pós-operatório imediato.
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