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>Alteração à epidemiologia da Infeção a Haemophilus influenzae, após a introdução da vacina para o H. influenzae serotipo b. Análise de estudos realizados no INSA, 1989-2012
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Alteração à epidemiologia da Infeção a Haemophilus influenzae, após a introdução da vacina para o H. influenzae serotipo b. Análise de estudos realizados no INSA, 1989-2012
Resumo: O Haemophilus influenzae (H. influenzae) é um microrganismo Gram negativo cujo nicho ecológico é o trato respiratório humano. Para além de colonizar a nasofaringe de pessoas saudáveis, o H. influenzae é normalmente responsável por infeções respiratórias e ainda infeções invasivas graves como a meningite e a septicemia, principalmente nas crianças (Tristram, 2007). As estirpes capsuladas, nomeadamente as de serotipo b (Hib) eram, até à introdução da vacina conjugada, responsáveis pela maior parte dos casos de infeção invasiva (Peltola, 2000). A vacina para o Hib foi licenciada em Portugal em 1994 e incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV) no ano 2000, para crianças até aos 5 anos de idade. Como consequência, as infeções invasivas de serotipo b foram praticamente eliminadas nas populações onde a vacina foi implementada (Wenger, 1998). No entanto, esta vacina não protege contra a infeção invasiva por estirpes não capsuladas (NC) ou de serotipos não b sendo, de momento, as estirpes NC as responsáveis pela maior parte destas infeções (Ladhani et al., 2010; Ulanova & Tsang, 2009). Desde 1989 que, primeiro no Laboratório de Resistência aos Antibióticos e, mais recentemente, no Laboratório Nacional de Referência de Infeções Respiratórias a agentes bacterianos, se têm realizado estudos em infeções por Haemophilus influenzae, nas várias vertentes, de vigilância epidemiológica, referência e investigação.Até ao momento contamos com uma coleção de isolados clínicos de mais de 12000 estirpes, isoladas de todas as infeções e de todas as idades, de vários Hospitais geograficamente distribuídos em Portugal.Colaboramos com a Sociedade Portuguesa de Pediatria, no que se refere à infeção invasiva na criança. Relativamente a projetos de investigação temos colaborado com alguns laboratórios de investigação, em Portugal e no Estrangeiro.É diversa a metodologia utilizada para estudar este microrganismo, recorrendo-se a diferentes técnicas para cada tipo de estudo, que vão desde técnicas fenotípicas para determinar a susceptibilidade aos antibióticos até técnicas de biologia molecular, como PCR e sequenciação para estudos genotípicos. Para além destas, e com o objetivo de estudar a clonalidade e disseminação das estirpes, utilizamos ainda duas técnicas de tipagem molecular: Pulsed-Field-Gel-Electrophoresis (PFGE) (Campos et al., 2004) e Multilocus Sequencing Type (MLST) (Meats et al, 2003).Serão apresentados resultados de alguns estudos, tanto de vigilância epidemiológica, como de investigação, realizados no nosso laboratório, e que demonstram a alteração na epidemiologia da infeção a H. influenzae após a introdução da vacina, em Portugal (Bajanca et al, 2004; Barbosa et al, 2011; Calado et al, 2011) Referências Bibliográficas:•Bajanca P, Caniça M, & the Multicenter Study Group. J Clin Microbiol 2004; 42:807-10.•Barbosa R, Giufrè M, Cerquetti M, & Bajanca-Lavado, P. J Antimicrob Chemother 2011; 66:788-96. •Calado R, Betencourt C, Gonçalves H, Cristino N, Calhau P & Bajanca-Lavado, P. Diagn Microbiol Infect Dis 2011; 69:111-13.•Campos J, Hernando M, Román F, Pérez-Vazquez M, Aracil B, Oteo J et al, J Clin Microbiol 2004; 42:524-9.•Ladhani S, Slack M, Heath P, von Gottberg A, Chandra M. Ramsay M & EUIBIS participants. Emerg Infect Dis 2010; 16:455-63.•Peltola H. Clin Microbiol Rev 2000; 13:302-17.•Tristam S, Jacobs M & Appelbaum P. Clin Microbiol Rev 2007; 20:368-89. •Ulanova M, Tsang R. Infect Genet Evol 2009; 9:594-605. •Wenger D. Pediatrr Infect Dis J 1998; 17 (Suppl.9):S132-36.•Meats E, Feil EJ, Stringer S, Cody AJ, Goldstein R, Kroll JS, et al, J Clin Microbiol 2003; 41: 1623-1636.
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