De fundamental Importância para a estratégia da presença e dissuasão, a missão da Força Aérea na Amazônia é essencial para o apoio às unidades militares e a Integração da região. A partir dos anos de 1960, as Forças Armadas brasileiras passaram a olhar com mais atenção para as fronteiras nacionais. Do Chuí (RS), no extremo sul, até o Monte Caburaí (RR), ao norte, há uma fronteira "seca" de 16.886 km, que é mais que o dobro dos 7.367 km de linha costeira. Do outro lado dos limites estão nove países: Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, além da Guiana Francesa, que é oficialmente designada como um departamento ultramarino da República Francesa. Daquele total, somente a Amazônia possui 10.938 km, sendo vizinha a sete dessas nações. Essa imensidão territorial, de importância estratégica, é em grande parte inóspita e com diversas peculiaridades de clima, vegetação e variações de terreno, que influem consideravelmente no preparo, planejamento e emprego das forças militares, e sempre se traduziram em um desafio em termos de defesa. Foi então que se iniciou um processo de "migração" para este bastião do território, estabelecendo uma velha e eficiente "operação presença". As ações para fixar tropas na Amazônia, sob a forma de pelotões fronteiriços, datam de 1921. Foram iniciativas tímidas e pontuais. Quase que "bandeirantes modernos". Apenas em 1935, com o início das operações do Correio Aéreo Nacional (CAN) na Amazônia e a criação do Grupamento de Elementos de Fronteira do Exército, em Belém (1956) - que originaria o Comando Militar da Amazônia (1969) -, que gradualmente foi se "desbravando e ocupando a selva", com a transferência de unidades de outras áreas e a criação de novas ao longo de toda a fronteira seca.
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