Editorial

摘要

A redução orçamentária do Prosub, projeto da Marinha de construção de estaleiro e submarinos, impõe extensão de prazos, mas não pode comprometer um dos principais ganhos para a instituição e para o país: a qualificação de pessoal e de empresas. É prioridade para a Marinha, que com redução de atividade do Prosub a cerca de 50%, tem fatiado as fases do projeto, com ênfase a itens que garantam a manutenção das conquistas. A progressão da transferência tecnológica do projeto de longo prazo culmina com a construção de submarino nuclear, técnica que poucos países no mundo dominam. Mas para chegar até lá, é preciso investir em treinamento e aperfeiçoamento industrial. O programa prevê a construção de equipamentos com grande grau de complexidade por empresas brasileiras. É estratégico para a defesa por quebrar a dependência de fornecedores estrangeiros. E abre um leque de oportunidades para os fornecedores, que podem desenvolver soluções para outros setores industriais. Um exemplo de conhecimento que não pode ser perdido vem da Fundação Ezute, de São Paulo, que enviou nove engenheiros para participarem de um programa de treinamento e absorção de tecnologia de sistema de combate durante três anos nas instalações da DCNS, na França. Um total de 104 projetos de nacionalização estão previstos, dos quais 56 prioritários. Incluem a fabricação de sistemas, equipamentos e componentes, desenvolvimento e integração de 'softwares' e suporte técnico. A construção do estaleiro e base naval do Prosub tem previsão de participação de mais de 600 empresas nacionais, num total de 190 projetos. Até aqui, o índice de conteúdo local é de 90% e 95% de produtos e serviços nacionais, informa a Marinha do Brasil.