Editorial

摘要

Aindústria marítima tem como segmentos interdependentes a marinha mercante, os portos e a indústria naval. No Brasil, os dois primeiros crescem à medida que o comércio internacional e a cabotagem se expandem. A marinha mercante tem sua dinâmica própria e poucos navios construídos no país. Se há carga rentável, há navio para transportá-la. Esta edição se concentra nos outros dois pilares: portos e indústria naval. Com a infraestrutura sempre aquém da demanda, os portos, tanto públicos quanto privados, sofrem os problemas de sempre — burocracia, excesso de regulação, insegurança jurídica —, mas contam com investimentos efetivos e represados e perspectiva de crescimento. Para esse segmento, a edição traz como assuntos dragagem, arrendamentos portuários e investimentos internacionais em infraestrutura no país. A leitura das três reportagens revela um cenário de ótima perspectiva para o segmento. A indústria naval, apesar dos gigantescos investimentos nas últimas décadas em construção e atualização do parque industrial e formação técnica, não dispõe de mercado interno que a torne sustentável, já que, por suas características, depende de política industrial de Estado. E não desperta qualquer interesse do atual governo. Atualmente tem como atuais clientes a indústria naval militar, o apoio portuário e a navegação fluvial, além de prestar serviços de reparo e manutenção. As reportagens do mês sobre o segmento abordam estaleiros direcionados à construção de embarcações fluviais e o mercado para propulsores. A leitura do material produzido por nossos repórteres atualiza o cenário desses dois nichos que podem ser considerados perenes. Boa leitura a todos.