ObjetivoEste estudo analisou a rela??o entre deficiência de ferro latente avaliada pela ferritina e a mieliniza??o do sistema nervoso central avaliada pelo teste de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico.MétodoForam incluídos no estudo 109 recém-nascidos a termo, nascidos sem anemia e fator de risco para deficiência auditiva. Após o parto, o sangue do cord?o umbilical foi coletado para determinar os níveis de ferritina e hematócrito. O teste de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico foi realizado nos primeiros 28 dias de vida. A análise foi realizada entre o grupo controle (n = 71) com ferritina acima de 75 ng/mL e o grupo com deficiência de ferro latente (n = 38) com ferritina entre 11 e 75 ng/mL. Os resultados foram apresentados como média ± desvio-padr?o. A análise estatística foi realizada utilizando o software GraphPad prism7 e SPSS com nível de significancia de 5%.ResultadosLatências significativamente maiores da onda V (p = 0,02) e dos intervalos interpicos I-III (p = 0,014), I-V (p = 0,0003) e III-V (p = 0,0002) foram encontradas no grupo de deficiência de ferro latente, assim como uma correla??o significativa inversamente proporcional entre a ferritina e a mesma onda e intervalos (p = 0,003, p = 0,0013, p = 0,0002, p = 0,009, respectivamente). A análise de correla??o múltipla mostrou uma correla??o significativa da deficiência de ferro latente com todos os intervalos interpicos, mesmo se levarmos em considera??o a idade gestacional do recém-nascido.Conclus?oA anemia ferropriva é uma patologia prevalente e este estudo demonstrou matura??o auditiva tardia associada à deficiência intrauterina de ferro, mesmo em sua forma latente. Isso refor?a a importancia da ado??o de medidas efetivas, em escala global, para prevenir e tratar essa patologia em diferentes períodos da vida, principalmente na popula??o mais vulnerável.
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